ROMERO, Jazmín

Primeiramente digo: Eu NÃO sou histérica! Bem, eu me defino como impulsiva, decidida e de genio forte. Eu amo dançar Flamenco. Sou extremamente falante e fico irritada quando vejo alguém maltratando animais. Não suporto traição; quando traída me transformo numa pessoa a qual nem mesmo me reconheço. Outro dia entrei numa briga no salão de beleza porque a cabeleireira estragou meu cabelo. Mas também eu tinha toda a razão, não é? Não tive dúvidas, voei no cabelo dela e comecei a gritar com ela. Eu tinha pedido apenas para lavar, secar e aparar as pontas, e ela simplesmente resolveu pintar meu cabelo. Ninguém disse àquela peruqueira o significado de LOIRA NATURAL? É isso aí, como vocês viram eu sou uma pessoa bem tranquila, (cujo semblante exala docura) mas isso não significa que eu leve desaforo pra casa. Só brigo com alguém quando tenho razão e nesse caso eu tinha razão. Entretanto, me chamam de histérica e como eu disse no inicio eu não sou isso aí não, mas se me chamam de histérica eu profundamente irritada.

Me chamo Jazmín Romero, vim para os Estados Unidos como aluna de intercâmbio e acabei conseguindo um trabalho como florista e ficando por aqui. Estudei o último ano do meu ensino médio na Mystic High School e inciei o ensino fundamental na Rockland Elementary School e conclui o ultimo ano no Colégio Mandalay em meu país.

Meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha 5 anos e dois anos depois minha mãe morreu de câncer. Fiquei sob a tutela do meu tio Teodoro, mas ele era muito cruel. Me obrigava a roubar dinheiro das pessoas, entre outras coisas; acabei fugindo e vivendo nas ruas durante 7 anos. Durante esses sete anos vivi com um grupo de ciganos, e fazímos apresentações de flamenco por toda a Buenos Aires. Quando fiz 14 anos acabei encontrando um casal bondoso que me adotou como filha. Eles se chamam Cielo Inchausti e ele Nicolás Bauer. Eu não fui a única a ser adotada por esse casal e por isso tenho 7 irmãs e 9 irmãos, são elas: a Melody, a Marianela, a Estefanía, a Caridade, a Luz, a Valéria e a Alelí; e eles: o Ramiro, o Tiago, o Juan, o Cristiano, o Mateo, o Zeca, o Inacio, o Simon e o Luca. Todos foram adotados pelo casal. Como vocês podem notar venho de uma família bem numerosa; com eles aprendi o que é uma família de verdade.


Aqui em Mystic Falls não tenho muitos amigos e amigas, é disso que eu mais sinto falta do meu país. Falta da minha família. Lá era tudo tão mais animado, todo aquele barulho, crianças correndo para lá e para cá. Esta cidadezinha é "aparentemente" tão pacata! Atualmente trabalho na única floricultura existente nesse fim de mundo. Uma loja bem iluminada com muitos vasos de flores espalhados pelo espaço, na porta tem um sino que faz barulho quando os clientes chegam. Minha patroa é uma senhora viúva que mal sai de casa e vive com 7 coelhos. "Antes fossem gatos!"
Sou bem amável com meus clientes, salvo algumas exceções. Por eu ser bem jovem tem sempre uns engraçadinhos dando em cima de mim, se fosse só isso até que tudo bem, o pior é depois que eu fecho a loja. Já fui atacada algumas vezes, mas por sorte tenho sempre spray de pimenta comigo e sou boa de joelhadas. E também conto com o fato de tem policia por perto. "Nem sei porque continuo aqui."